Mais de 130 participantes entre padres, diáconos, leigos das Regiões Metropolitana e Serrana, além de representantes da Igreja Anglicana do Brasil, se reuniram na manhã do dia último dia 12, para um estudo do tema da Campanha da Fraternidade 2016 ‘Casa comum: nossa responsabilidade’, que aborda o saneamento básico no país.
O Reverendo Ariel Irrazábal, do Conic, abriu o painel com a Fundamentação Bíblica da campanha, fazendo uma análise teológica. Ele destacou que a temática é extremamente atual. “A nossa fé tem que estar relacionada com o ambiente e com as outras pessoas. Esse é um axioma. Temos que pensar as ações para o agora e para a nossa descendência. Já que, na fé católica, esse mundo é um mundo que se estende para a outra vida”, pontuou.
O diretor de Meio Ambiente da Cesan, Anselmo Tozi, falou em seguida sobre a realidade do tratamento de esgoto na Região Metropolitana, a crise hídrica e as ações que a companhia tem adotado para se tornar cada vez mais uma companhia ambiental. “540 milhões de litros de esgoto por dia são lançados na baía de Vitória, lagos da Serra, canais de Vila Velha, etc., por pessoas que ainda não fizeram a ligação da sua casa na rede de esgoto disponível. São 102 mil imóveis não ligados”, informou.
Entre as ações em andamento para enfrentar a poluição por esgoto e a escassez água, feitas pelo governo do Estado e pela Companhia, destacou o programa Se Liga na Rede, de estímulo para que as pessoas se liguem os imóveis na rede, a gestão da barragem de Rio Bonito, as obras do Sistema de Abastecimento de Água Reis Magos, o programa de Gestão das Águas e Paisagem, que investirá 1 bilhão de reais em seis anos em saneamento, reflorestamento e no projeto de recuperação da microbacia do Mangaraí, e também da transformação do lodo de esgoto em adubo.
Para encerrar essa parte do painel a palestrante foi a procuradora do município de Vitória, Drª Flávia Marquesini, também membro da Pastoral Ecológica. Ela apresentou a lei Nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, que Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, e também sobre o Decreto Nº 7.404, de dezembro de 2010, que regulamenta a lei. Marquesini explicou os avanços que esses instrumentos trouxeram e as adequações que todas as cidades tiveram que fazer para melhor destinar seus reíduos.
Na segunda parte do painel, foram apresentadas experiências práticas como o projeto Reflorestar, com Marcos Sossai, do IEMA, e a Pastoral Ecológica, com padre Robinson Castro. O encontro aconteceu no Centro de Formação D. João Baptista, na Praia do Canto.
