Arquivos Antigas - Página 257 de 273

Hartung defende qualidade dos serviços públicos

O governador Paulo Hartung ressaltou a importância da qualidade nos serviços prestados pelo Estado à sociedade, durante a solenidade estadual de entrega do Prêmio Nacional da Qualidade em Saneamento – PNQS (2003) aos sistemas de abastecimento de água da Cesan, de Afonso Cláudio e Pedro Canário. O evento, que reuniu cerca de 250 pessoas, foi realizado nesta quinta-feira (22), no Palácio Anchieta. “É um programa de Governo. Acreditamos que o público também pode ser de qualidade. Vamos nos apropriar de novas tecnologias e ferramentas gerenciais para realizar, com poucos recursos, o máximo em eficiência e competência”, disse Paulo Hartung, durante a cerimônia de premiação, no salão São Thiago. Para o presidente da Cesan, Paulo Ruy Valim Carnelli, os empregados da empresa assimilaram as diretrizes do atual Governo. Ele lembrou ainda que, ao vencer o PNQS, o mais importante prêmio da América Latina em gestão de saneamento, a Cesan se insere no Programa de Incremento à Competitividade Sistêmica do Espírito Santo (Compete-ES). O projeto do Governo do Espírito Santo, em conjunto com a iniciativa privada, propõe um conjunto de ações indutoras do aumento da competitividade das organizações públicas, privadas e não-governamentais. A coordenadora do Conselho Nacional da Qualidade da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes), Cassilda Teixeira de Carvalho, entidade que instituiu o PNQS, disse durante a cerimônia que a Cesan representa o Estado de forma “brilhante”. “A premiação é parte de todo um processo. Tudo começa por um desafio a ser aceito pelo sistema, que passa pela avaliação de juízes em nível nacional”, comentou. Para o próximo ano, a diretora anunciou que a premiação nacional do PNQS poderá ser realizada em Vitória. Além do governador, do presidente da Cesan e da diretora da Abes, estavam presentes à solenidade, aberta com o Coral das Águas da Cesan, o secretário de Desenvolvimento, Infra-Estrutra e dos Transportes, Sílvio Ramos, toda a diretoria da Companhia de Saneamento, prefeitos de Afonso Cláudio e Pedro Canário, deputados estaduais, secretários estaduais e municipais, membros do judiciário, Infraero, Federação da Agricultura e empregados da companhia. A Cesan é pentacampeã do PNQS tendo conquistado o prêmio com os sistemas de São Gabriel da Palha e Santa Maria, em 1999; Conceição da Barra, Santa Teresa e Jucu, em 2000; Mantenópolis e Pinheiros, em 2001; Venda Nova do Imigrante, em 2002. PNQS O PNQS tem como objetivo estimular a prática de técnicas de gestão compatível com as tendências internacionais, reconhecendo as organizações que se destacam por estas práticas e promovendo eventos de capacitação gerencial para as organizações envolvidas com o setor de saneamento ambiental no país. Para alcançar o prêmio o sistema de Afonso Cláudio tomou medidas como a expansão de serviços, continuidade da política de melhoria contínua, incentivo ao espírito empreendedor e a criatividade da força de trabalho, melhoria nas condições de segurança e atuação preventiva com relação ao meio ambiente. Em Pedro Canário, a implantação das ferramentas de gestão, incentivo ao espírito empreendedor e á criatividade da força de trabalho e o envolvimento com as unidades de apoio, cliente e sociedade, foram algumas das providências. Para a conquista, a Abes indicou examinadores do Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. Além do troféu Quiron e certificado, os gerentes das unidades premiadas ganharam uma vaga na missão de Estudos à Espanha, realizada entre os dias 5 a 14 de dezembro do ano passado. Lá eles conheceram práticas de gestão da qualidade e de reciclagem de resíduos sólidos nas empresas de saneamento. Informações adicionais Assessoria de Comunicação da Cesan Leila Oliveira Tels: 3132-8265/9962-3973 E-mail:comunica@cesan.com.br

Inundações causam prejuízo de R$ 8 bi

Os desastres naturais relacionados a catástrofes ambientais custaram ao mundo mais de US$ 60 bilhões em 2003. As elevadas perdas econômicas, mencionadas em um relatório de especialistas em conjunto com a Iniciativa Financeira do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), são parte do rumo preocupante que está tomando a questão das mudanças climáticas, avaliam os analistas. O PNUMA está alertando aos governos, aos empreendedores e à indústria para que diminuam suas emissões como uma maneira de atenuar a crise. Durante a onda de calor extremo durante a qual as colheitas malograram e a pecuária registrou números negativos e mais de 20.000 pessoas morreram na Europa, se calcula que só na agricultura a perda ultrapassou os US$ 10 bilhões. Os eventos que causaram maior prejuízo, em segundo lugar, foram as inundações ao longo dos rios Huai e Yang-tse, na China, entre julho e setembro: 650.000 casas foram atingidas com um custo aproximado aos US$ 8 bilhões. Em termos de indenizações de seguros os números mais expressivos são de acontecimentos nos Estados Unidos onde uma série de tornados atingira, o Meio Oeste em abril e maio deixando um rastro de destruição em sua passagem. Os cálculos indicam que as seguradoras gastaram mais de US$ 3 bilhões. Estes são dados preliminares da Munich Re, uma das maiores companhias seguradoras do mundo que vem rastreando (desde 1950) as perdas econômicas relacionadas com seguros de desastres ocasionados pelo clima. Thomas Loster, Diretor de Pesquisa de Riscos Climáticos da companhia e Diretor do grupo de trabalho de Mudanças Climáticas na Iniciativa Financeira do PNUMA, disse que os últimos anos da década dos 90 e os primeiros anos do século XXI foram marcados por um incremento extremo em eventos relacionados ao clima. Loster advertiu que “os verões extremos, como o que tivemos na Europa este ano, serão cada vez mais freqüentes no futuro e que serão uma regra durante a primeira metade do século. O verão de 2003 com suas grandes perdas é um trailer do que serão os verões futuros. Fonte: Água Online

Desastres naturais relacionados a catástrofes ambientais custaram ao mundo mais de US$ 60 bilhões em 2003. Somente as inundações em rios chineses foram aproximadamente US$ 8 bilhões.

Projeto de saneamento em seis meses

A equipe do Banco Mundial Coordenada por Franz Drees encerrou nesta sexta-feira (12) a missão referente à avaliação do novo projeto de Saneamento. Na avaliação do secretário de Planejamento, Orçamento e Gestão, Guilherme Dias, o resultado foi positivo e a operação deverá estar definida num prazo recorde, de aproximadamente seis meses, o que normalmente levaria 2 ou três anos. A equipe chegou ao Estado na segunda-feira (8) para o realizar uma avaliação e visitar os trechos que constam no projeto. Durante este período a equipe foi acompanhada pelo secretário de Planejamento, Guilherme Dias; pelo secretário de Transportes, Silvio Ramos; pelo secretário de Meio Ambiente, Fernando Schettino e pelo presidente da Cesan, Paulo Ruy Carnelli. O projeto demandará recursos totais da ordem de US$ 60 milhões sendo US$ 36 milhões do Bird e US$24 milhões de contrapartida do Estado. O secretário de Planejamento, Guilherme Dias, lembrou que depois de oito anos sem acesso aos créditos externos, por conta do desequilíbrio das suas finanças, o Espírito Santo consegue recuperar sua capacidade de investimento. A previsão é que o Espírito Santo assinará no segundo semestre de 2004 o contrato de financiamento de USR$ 36 milhões com o Banco Mundial, que amplia os serviços de água, coleta e tratamento do esgoto sanitário. A equipe do Banco Mundial deverá apresentar um relatório à diretoria do Banco em Washington que será encaminhado posteriormente ao Senado Federal. Guilherme Dias acredita que esta operação será aprovada até maio de 2004 e que a liberação dos recursos aconteça até o segundo semestre do próximo ano. Na reunião desta sexta-feira ficou acordado a criação de um Comitê Diretor do Projeto, formado pelo secretário de Planejamento, Guilherme Dias; secretário da Fazenda, José Teófilo; secretário do Meio Ambiente, Fernando Schettino; secretário dos Transportes, Silvio Ramos; e pelo presidente da Cesan, Paulo Ruy Carnelli. A instalação do comitê acontecerá em janeiro de 2004. Fonte: Espírito Santo Online

Seminário discute ética e responsabilidade social

Cerca de 300 empregados da Cesan da Grande Vitória e Interior participaram hoje (9) do 2º Seminário de Responsabilidade Social e Ética, no Tribunal de Contas, organizado pelo Comitê de Responsabilidade Social e o Grupo de Trabalho na elaboração do Código de Ética da Cesan. Informações adicionais Assessoria de Comunicação da Cesan Leila Oliveira Tels: 3132-8265/9962-3973 E-mail:comunica@cesan.com.br A diretoria da Cesan, presente ao evento, e o Governo do Estado, representado pelo secretário de Estado de Desenvolvimento de Infra-estrutura e dos Transportes (Sedit), Silvio Ramos, querem desencadear na empresa o desenvolvimento de ações éticas e socialmente responsáveis. “A função dos empregados da Cesan vão além de prestar um serviço público de qualidade nos tratamento da água e esgoto para o Estado, mas também com a ética e responsabilidade social. Não há uma empresa eficaz sem a participação de todos os seus trabalhadores”, comentou o secretário. Para o presidente Paulo Ruy Valim Carnelli, a iniciativa do trabalhador é uma das principais qualidades do servidor, resultando em ações concretas e avanços para a empresa. Paulo Ruy enumerou ainda o investimento e serviços de qualidade, apoio ao desenvolvimento da comunidade em geral, preservação do meio ambiente, retorno ao acionista e comunicação transparente, como fatores de desenvolvimento da empresa. “Muitos coincidem com a missão da Cesan”, ressaltou. Durante o seminário, aconteceram palestras sobre os temas, relato de experiências de voluntariado, debates e apresentação de Códigos de Ética de outras empresas, como Samarco e CST. Foi aplicado ainda um questionário para os participantes do seminário, a fim de auxiliar o Grupo de Trabalho na elaboração do Código de Ética da Cesan.

Governo apresenta Programa de Saneamento ao BIRD

O presidente da Cesan, Paulo Ruy Valim Carnelli, e os secretários de Estado de Desenvolvimento de Infra-estrutura e dos Transportes (Sedit), Silvio Ramos, de Planejamento Orçamento e Gestão, Guilherme Dias e de Assuntos para o Meio Ambiente, Luiz Fernando Schettino, participaram nesta segunda-feira (8) da abertura da reunião de trabalho com a equipe técnica do Banco Mundial, coordenada por Franz Drees. O encontro discutiu e avaliou todos os aspectos do novo Programa de Saneamento do Estado do Espírito Santo. Depois de oito anos sem acesso aos créditos externos, por conta do desequilíbrio das finanças, o Espírito Santo consegue recuperar a capacidade de investimento e assinará, no segundo semestre de 2004, um contrato de financiamento de US$ 36 milhões com o Banco Mundial, que vai ampliar os serviços de água, coleta e tratamento do esgoto sanitário. O investimento total do Programa de Despoluição e Saneamento é de US$ 60 milhões, sendo US$ 24 milhões de contrapartida do Estado. Inicialmente, o secretário Guilherme Dias fez uma apresentação da atual situação do Estado, demonstrando a retomada da capacidade de investimento e as ações desenvolvidas, neste ano, para equilibrar as contas públicas e falou sobre o início das negociações com o Banco Mundial. Em seguida, a apresentação do Programa foi feita pelo secretário de Desenvolvimento, Infra-estrutura e Transporte, Silvio Ramos e pelo secretário de Meio Ambiente, Luiz Fernando Schettino. Paulo Ruy, apresentou a recuperação financeira da empresa no atual Governo. Programa O novo programa de saneamento prevê três raios de ação: ampliação da produção de água, esgotamento sanitário e melhoria de gestão operacional e ambiental. O Governo pretende ainda, com o financiamento, otimizar a utilização das cinco estações de tratamento de esgoto construídas em Cariacica, Vila Velha, Vitória, Guarapari e Domingos Martins. Serão ampliadas as redes coletoras em Vitória, Vila Velha, Domingos Martins e Guarapari. E, ainda serão construídos sistemas completos de saneamento básico nos municípios da Serra, Viana-Sede, Marechal Floriano, Santa Leopoldina e Guarapari. A capacidade dos reservatórios de água da Grande Vitória será ampliada para 38.300 metros cúbicos, e também o dos sistemas de produção Santa Maria (Carapina), Caçaroca (Barra do Jucu) e Guarapari-Sede. As obras de ampliação da capacidade de reserva de água irá beneficiar 1 milhão de pessoas, aumentando em 80% a oferta de água tratada. Já o sistema de esgoto sanitário estará atenderá uma população de 366 mil de pessoas na Grande Vitória, dobrando a oferta de 30% para 60%. Agenda A reunião do secretário de Planejamento, Guilherme Dias com os técnicos do Banco Mundial terá continuidade durante toda a semana, e o encerramento dos trabalhos está previsto para sexta-feira (12). Em seguida a equipe vai elaborar um relatório que será concluído no próximo ano. A próxima etapa é a aprovação da operação pelo Senado Federal. A contratação da operação deverá ser firmada no segundo semestre de 2004. Fonte: Espírito Santo Online

Cesan participa do Abraço Verde

A Cesan, por meio da Assessoria de Relações com a Comunidade e em parceria com a Prefeitura de Vitória, Secretaria de Estado para Assuntos de Meio Ambiente e lideranças comunitárias, participa amanhã (10) da apresentação do “Projeto Abraço Verde”. Será a partir das 9 horas, no auditório do Centro Integrado de Atendimento ao Cidadão Ítalo Regis Batan, que funciona no antigo prédio da Telemar, na Praia do Suá, Vitória. O objetivo do Projeto é promover a integração do Parque Nacional Gruta da Onça, comunidades do entorno, prestadores de serviços e simpatizantes, levantar os problemas comuns e buscar soluções para a preservação do meio ambiente e melhoria da qualidade de vida. Palestras sobre saneamento em escolas e comunidades, regularização do abastecimento de água, paisagismo e caminhada ecológica são algumas das ações da iniciativa, que se estenderá até meados de 2004. Também fazem parte da programação, palestras com representantes das partes envolvidas, que desenvolverão dinâmicas e debates com os participantes. Carmen Valdetaro, representando a Assessoria de Relações com a Comunidade da Cesan, também falará aos presentes sobre o uso racional da água, ligações intradomiciliares e limpeza correta de caixas d´água. Informações adicionais Assessoria de Comunicação da Cesan Leila Oliveira Tels: 3132-8265/9962-3973 E-mail:comunica@cesan.com.br

Hospitais públicos pagarão menos água

O governador em exercício, Lelo Coimbra, assinou na manhã desta segunda-feira (8), medida que autoriza a Cesan a efetuar desconto de 30% na conta de água dos hospitais públicos federais, estaduais e municipais de todo o Estado. A assinatura do documento aconteceu durante um café da manhã do governador com os diretores de 21 hospitais beneficiados. “Essa medida visa estender um benefício que os hospitais filantrópicos já possuem há mais de dez anos. Nós entendemos que o desconto é importante para o setor de saúde, uma vez que permitirá que eles invistam os 30 % dos recursos que eram usados para pagar as contas de água, nos próprios hospitais”, considerou Lelo. O diretor do Hospital das Clínicas, Paulo Peçanha, que participou do encontro, avaliou como positivas as duas medidas anunciadas pelo governador em exercício. Segundo Peçanha a decisão vai auxiliar o Hospital das Clínicas a manter o equilíbrio das contas. O diretor estimou que a economia média que o HC fará por ano é de R$ 120 mil, já que a conta de água da instituição gira em torno de R$ 30 mil mensais. “O Governo reconhece a difícil situação em que vivem hoje os hospitais públicos e essa medida vai representar uma economia importante. São recursos que vamos poder utilizar no custeio das nossas atividades”, disse. Serão beneficiados um número mínimo de 21 hospitais, mas nessa conta não estão incluídos a maioria dos hospitais públicos municipais. O Governo do Estado vai comunicar a decisão tomada hoje a todos os hospitais públicos do Estado, convidando-os a procurar a Secretaria de Saúde para assinar um contrato que dará direito ao desconto. Entre os que serão beneficiados estão o Hospital das Clínicas, o HPM, o Hospital Infantil, o São Lucas, o Dório Silva e a maternidade de Vila Velha. Fonte: Espírito Santo Online

Cesan participa de Missão na Espanha

Técnicos da Cesan viajam nesta sexta-feira (5), para Madrid, Espanha, em uma missão de estudos para conhecer as empresas de saneamento, práticas de gestão da qualidade e de recliclagem de resíduos sólidos da capital européia. A viagem faz parte da premiação pela conquista do Prêmio Nacional de Qualidade em Saneamento (PNQS) 2003, promovido pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes), que é considerado o mais importante da América Latina. Neste ano, a Cesan venceu com os sistemas de Abastecimento de Água da Cesan em Afonso Cláudio e Pedro Canário, tornando-se pentacampeã do PNQS. Anteriormente conquistou o prêmio com os Sistemas de São Gabriel da Palha e Santa Maria, em 1999; Conceição da Barra, Santa Teresa e Jucu, em 2000; Mantenópolis e Pinheiros, em 2001; e Venda Nova do Imigrante (água e esgoto), em 2002. Além das vagas na missão, que termina no dia 14, a Cesan foi premiada com o troféu Quiron e certificado. Ao conhecerem os sistemas em Madrid, os profissionais da Cesan estudarão a possibilidade de aplicação das técnicas desenvolvidas nos sistemas madrilhenhos na Companhia capixaba. Informações adicionais Assessoria de Comunicação da Cesan Leila Oliveira Tels: 3132-8265/9962-3973 E-mail:comunica@cesan.com.br

Fungos são usados para eliminar substância tóxica

Brasília – Pesquisadores da Faculdade de Engenharia de Alimentos (Fea) da Unicamp buscam na própria natureza a solução para uma das formas de poluição ambiental enfrentada hoje pela população de muitas cidades. Em escala laboratorial, eles empregam fungos e bactérias para reduzir ou até mesmo eliminar substâncias potencialmente nocivas para o solo, a água e o ar. Uma das vertentes dessa linha de pesquisa está voltada para degradação de corantes sintéticos utilizados pela indústria têxtil. A expectativa é que dentro de alguns anos o processo, conhecido tecnicamente como biorremediação, possa complementar e otimizar os atuais sistemas de tratamento de efluentes das empresas, diminuindo assim a agressão ao meio ambiente. De acordo com a professora Lúcia Regina Durrant, coordenadora dos estudos, os corantes sintéticos são muito usados pela indústria têxtil. Hoje, existem cerca de 10 mil tipos, cada um com uma estrutura molecular diferente. Quando lançadas num curso d’água, essas substâncias provocam graves danos ambientais. A presença de apenas 1 miligrama de corante por litro de água já é suficiente para colorir pelo menos parcialmente um manancial. Um dos resultado é que a luz solar deixa de atingir as plantas aquáticas bloqueando a fotossíntese e a sua consequente reprodução. Como conseqüência, os peixes têm a oferta de alimentos e oxigênio reduzida. Os corantes, que contêm elementos tóxicos, também podem atingir uma estação de captação e tratamento de água, situação que comprometeria o abastecimento da população. Além disso, essas substâncias tendem a contaminar o solo próximo ao manancial. Nesse aspecto, surge um outro problema, esclarece Lucia. Segundo ela, algumas bactérias presentes no solo ajudam a degradar o corante, porém podem produzir compostos carcinogênicos. Estes, ao atingirem a água e o solo, representarão uma ameaça para as culturas agrícolas, uma das bases da alimentação de homens e animais. Cogumelos: Uma das alternativas para tentar evitar essa seqüência de problemas, conforme estudos da Fea, está no uso de microrganismos para degradar os corantes sintéticos. Em sua tese de doutorado, Hélio Kamida utilizou cogumelos comestíveis para essa finalidade. O fungo, em seu estágio vegetativo, produz uma enzima capaz de “devorar” as substâncias poluentes. Kamida partiu de uma coleção de 14 espécies anteriormente selecionadas por uma colega que também fazia o doutorado, para trabalhar com apenas duas. De acordo com ele, a degradação provocada pelas enzimas, confirmada por testes químicos, pode ser acompanhada visualmente. Para realizar seu experimento, Kamida coletou amostras de efluentes de uma indústria têxtil de Americana (SP). Em seguida, usou um substrato a base de bagaço de cana para aplicar o fungo. Por último, misturou ambos. “O que pudemos verificar foi que, conforme o fungo cresce, a água vai descolorindo. Não chega a ficar translúcida, mas o tom azul marinho cai para um alaranjado”, explica. Além de comprovar a capacidade de degradação dos fungos, Kamida também tomou o cuidado de verificar se o processo produziria compostos tóxicos. Na opinião dele, esse método é especialmente indicado para ser utilizado junto ao lodo gerado pelo tratamento dos efluentes industriais. A empresa que colaborou com os estudos de Kamida, por exemplo, produz entre 6 e 8 toneladas desse material ao dia. Os rejeitos normalmente são recolhidos por empresas especializadas e levados para um aterro industrial. “Essa solução é complicada, pois além de ajudar a reduzir a vida útil dos aterros, ainda aumenta o risco de contaminação do solo e do lençol freático pelo corante presente no lodo, por meio da lixiviação”, afirma. Também preocupada com a destinação dos rejeitos da indústria têxtil, Elisângela Franciscon, que está elaborando sua dissertação de mestrado, tem usado bactérias para degradar o lodo. Ela partiu de 60 microrganismos, que mais tarde foram reduzidos para 17. Hoje, ela está selecionando aqueles que se prestam melhor à biorremediação. Alguns sequer foram identificados ainda. Além disso, a aluna de pós-graduação também pesquisa maneiras de reduzir o volume do lodo. O material, ensina Elisângela, nada mais é do que uma massa celular composta por inúmeros microrganismos. Para combatê-los, ela investiga que nutrientes podem ser adicionados ao lodo, de modo a aumentar a produção das bactérias “faxineiras”. Estas, em maior número, “devorariam” as inimigas, reduzindo assim o volume total dos rejeitos industriais. Em tese defendida recentemente pela pesquisadora Suelma Feijó, verificou-se que essas bactérias produzem biosurfactantes, uma espécie de emulsificante, que também é empregado pelas indústrias alimentícias e de cosméticos, na produção de sorvetes e cremes. Em contato com os poluentes, a substância torna-os solúveis, facilitando assim a sua remoção por medida complementar. De acordo com a professora Lúcia, esses estudos deverão ser complementados por outros, até atingirem uma escala piloto, que reproduzirá as condições encontradas na indústria. O passo seguinte já compreenderá a transferência de tecnologia para a iniciativa privada. “Mas isso ainda requerer alguns anos”, prevê. Ela destaca, porém, que a biorremediação já é aplicada em larga escala em países desenvolvidos, como os Estados Unidos e algumas nações européias. (JUnicamp) Fonte: Saneamento Básico, o site!

Pesquisadores da Faculdade de Engenharia de Alimentos (Fea) da Unicamp empregam em escala laboratorial fungos e bactérias para reduzir ou até mesmo eliminar substâncias potencialmente nocivas para o solo, a água e o ar.

Saneamento básico reduz taxas de verminoses

No combate às verminoses intestinais, não basta disponibilizar remédios à população. Os medicamentos eliminam os parasitas do organismo, mas, se as pessoas continuam vivendo em áreas sem a menor infra-estrutura sanitária, é grande o risco de consumo de água e alimentos contaminados por fezes, contraindo novamente os vermes. É fundamental, portanto, garantir o acesso de todos ao saneamento básico e promover a educação, para que as pessoas adquiram bons hábitos de higiene. Essa é a conclusão de pesquisa realizada por Gilberto Fontes e sua equipe, do Departamento de Patologia do Centro de Ciências Biológicas (CCB) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Os resultados do trabalho foram publicados na edição de setembro-outubro últimos na Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. O estudo foi feito em Barra de Santo Antônio, município do litoral norte de Alagoas, onde menos de 2% dos domicílios da área urbana têm rede de esgoto. Fontes e sua equipe selecionaram crianças e adolescentes, de 5 a 18 anos, que cursavam o ensino fundamental nas oito escolas da rede pública local. Dos cerca de mil alunos submetidos a exame de fezes, mais de 90% haviam sido infectados por pelo menos uma espécie de verme intestinal e 80% estavam contaminados por duas ou mais espécies de parasitas. Com acompanhamento médico, os estudantes tomaram mebendazol, metronidazol e praziquantel, substâncias que agem contra os vermes. Seis meses após o tratamento, em torno de 400 dos cerca de mil alunos inicialmente investigados passaram por outro exame. Também nesta segunda avaliação mais de 90% dos estudantes estavam contaminados por pelo menos uma espécie de parasita. Um percentual um pouco menor de alunos – 75% – apresentava infecção por dois ou mais vermes. Os resultados sugerem que o tratamento foi eficaz para reduzir o grau de parasitismo no período, mas não contribuiu para a eliminação das enteroparasitoses (ou verminoses intestinais), visto que o risco de infecção permaneceu o mesmo`, diz Fontes na publicação. O risco de infecção permaneceu o mesmo porque os pesquisados continuaram morando em casas sem redes de água e de esgoto. `Portanto, o controle dessas parasitoses passa por melhorias de condições sócio-econômicas, saneamento básico e na educação sanitária da população, fatores quase que inexistentes na comunidade em estudo`, alertam o pesquisador. (Agência Notisa) Fonte: Saneamento Básico, o site!

É fundamental garantir o acesso de todos ao saneamento básico e promover a educação, para que as pessoas adquiram bons hábitos de higiene, segundo conclusão de pesquisa realizada pelo Departamento de Patologia do Centro de Ciências Biológicas (CCB) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal).