coletivaCom a pior seca que já atingiu o Espírito Santo nos últimos 80 anos, mesmo com todas as medidas adotadas pelo Governo e pela Cesan para garantir o abastecimento, na Grande Vitória a demanda está maior que a oferta de água disponível nos Rios Jucu e Santa Maria da Vitória. A vazão desses dois rios continua caindo de forma muito rápida. Diante desse cenário, nesta segunda-feira (19), a Cesan comunicou à Agência de Regulação de Serviços Públicos (ARSP) a necessidade de implantar racionamento no abastecimento de água por meio de rodízio isonômico de distribuição de água para os municípios de Vitória, Vila Velha, Serra, Cariacica, Viana e para a localidade Praia Grande, em Fundão. Essa forma democratiza o uso da água entre os bairros dos setores do comércio e serviços, industrial e residencial.

 

O rodízio pode começar ainda esta semana, mas a data de início e a lista de bairros será amplamente divulgada para a população com até 24 horas de antecedência. Segundo o plano de operação desenvolvido pela Cesan, a Grande Vitória será organizada em sete regiões. Cada uma dessas regiões terá o abastecimento de água suspenso por 24 horas em pelo menos um dia da semana. O plano poderá sofrer ajustes em função do consumo e da ocorrência de chuvas, sendo previamente comunicados.

 

O Comitê Hídrico vem alertando a população sobre a gravidade da situação e solicitando a redução do consumo em decorrência do risco de piora da situação do abastecimento na Grande Vitória. Foram feitos alertas à sociedade em abril, maio (anúncio da situação de emergência), agosto e em setembro deste ano sobre a gravidade da crise hídrica e a necessidade de reduzir o consumo de água. A sociedade atendeu ao chamado e diminuiu o consumo, porém, ainda não foi suficiente e será necessário implantar o rodízio isonômico no abastecimento da Grande Vitória.

 

Em 2015, assim que o Governo atual assumiu, imediatamente criou o Comitê Hídrico com a atribuição de tomar medidas de curto, médio e longo prazo para garantir água para a população. Na Grande Vitória, a Cesan reforçou e impermeabilizou o enrocamento (blocos de pedras colocados uns sobre os outros) no Rio Jucu para acumular mais água na área de captação da estação de tratamento de Caçaroca. No Rio Santa Maria da Vitória, a água represada na barragem de Rio Bonito serve para regular a vazão do rio e oferece condições para captar o suficiente para o abastecimento.

 

Outra medida de curto prazo é a construção do Sistema de Abastecimento de Água de Reis Magos, que está com 61% das obras concluídas e deve entrar em operação até o fim do ano. Esse novo sistema terá capacidade de tratar 500l/s de água para parte da Serra, retirando a sobrecarga sobre o Rio Santa Maria da Vitória. No Rio Jucu, a Cesan está realizando o projeto básico para construção de uma represa que irá armazenar 21 bilhões de litros de água, garantindo abastecimento por quatro meses sem chuva.

 

Barragens

 

Por meio do Programa Estadual de Construção de Barragens, a Secretaria de Estado da Agricultura (Seag) irá implantar ainda 60 novas barragens até o final de 2018 no interior do Estado. Serão 34 de uso múltiplo de médio porte e outras 26 em assentamentos de trabalhadores rurais capixabas. Além disso, também está dentro do Programa, a retomada da obra da barragem de Pinheiros e a construção da barragem do Jucu, coordenada pela Cesan. Outras seis barragens de médio porte também serão construídas em Alto Rio Novo, Pedro Canário, São Roque, Vila Pavão, Ecoporanga e Barra de São Francisco, por meio de um parceria entre os dois órgãos. Ao todo serão investidos mais R$90 milhões para as 68 barragens.

 

Programa Reflorestar
Até o final de 2015, foram atendidos mais de 1.800 produtores rurais em 73 dos 78 municípios capixabas, um investimento de R$ 28 milhões, o que está permitindo iniciar a restauração florestal em pelo menos 6.000 hectares de terras e reconhecer outros 6.000 hectares de florestas conservadas. Atualmente, existem 4.300 produtores cadastrados no Reflorestar. A meta para 2016 é atender mais 1.600 produtores rurais, o que deverá permitir iniciar a recuperação de cerca de 4.600 hectares e investimentos da ordem de R$ 25 milhões.

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